Adormecer eterno das pálpebras.

         Eufemismos existem aos montes para traduzir a morte. Porém, a passagem é algo bastante complexo para se entender, de modo que várias religiões, seitas, cultos, organizações, grupos e outras subcategorias místico-filosóficas tentam clarear esse denso nevoeiro que é a morte para seus seguidores. Aqui tratarei meu modo de encarar essa transição.


         Todos quando nascemos temos um prazo de validade, isso nos permite uma renovação do aprendizado e uma evolução do modo que encaramos a vida. Nascemos para aprender, ensinar, ser e fazer feliz. Vivemos com o propósito de contribuir para o universo que nos recebe e quando morremos deixamos um vazio, uma lacuna, que um dia será preenchido por outro ser mais evoluído. Esse vazio deixado é que provoca a dor no coração daqueles que respeitavam e amavam sua existência. Dor que se manifesta a principio em confusão e indignação da não aceitação desse processo natural da vida. Passando essa fase essa dor vem à fase de conformação que recebe o nome de saudade, pois, já é aceito o processo natural de renovação. O carinho, o amor, o respeito se misturam com a conformação e daí então teremos as mais doces lembranças daqueles que nos deixou nesse plano. A fase das lembranças é a mais duradoura e confortante que podemos ter.
         Mas, o que vem após a morte? Para alguns é simplesmente como se apagasse a luz sua consciência deixaria de existir, outros acreditam no paraíso eterno, tem a corrente da reencarnação imediata e da não imediata. Fato é que muitas outras respostas para essa pergunta existem e eu acredito na reencarnação após um processo de comunhão (aprendizado) com a consciência superior. Esse processo de comunhão é equivalente o céu, lugar onde poderei aprimorar mais minha essência para um dia poder retornar a vida terrena aqui no planeta terra ou em qualquer outro lugar onde exista vida mais evoluída, afim, de aprender e ensinar.

         A morte é algo bem pessoal e egoísta que pode existir já que não pedimos licença e nem autorização, não perguntamos se alguém vai sentir saudade ou se vai sofrer. Só morremos! Morremos por nosso próprio decreto ou por chegar a nossa hora que segundo o cara lá em cima determinou. Respeitar todas as outras ideologias sobre a morte é algo muito importante já que tudo isso é um processo de fé e acreditar no se convém e descobrir de alguma forma que se estar errado se torna algo importante e de grande evolução do ser.

Comentários

  1. Concordo! Amei o texto.Confortante!!
    Todos temos o nosso tempo e quando chega a nossa hora,não tem jeito.Já cumprimos o nosso dever e é hora de ir para o plano superior aperfeiçoar nosso aprendizado e dá-lo continuidade de forma diferente.
    A dor nos invade,saudades sentimos,lembranças ficam..mas com o passar do tempo...aceitamos a ida dos nossos entes queridos...pois é algo natural e faz parte do ciclo da vida.Mas os amaremos eternamente!

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