Quero vidas para amar
Dias atrás, numa discussão com alguns amigos, tentamos
explicar o que é o amor. Inúmeras idéias artísticas, sociais e filosóficas
foram tecidas sobre este sentimento. No entanto, nenhuma conclusão precisa,
alias, longe de ser preciso concordamos que o amor nada mais é que algo
totalmente pessoal e que está vinculado a todos os outros sentimentos.
Pessoalmente, não tenho explicação para o amor. Mas, sem
dúvida, posso dizer que o amor é um elo em comum a todos os sentimentos, onde o
enfraquecimento, ou a inconsistência dele abala todos os outros. Ele atenua e
suavizam as dores e felicidades, paz e inquietude, todos os sentimentos
antagônicos da vida.
O amor não é ódio, não é dor, não é solidão... O amor não é
nada de ruim, mas o que é amor? Dedicação, carinho, compaixão... Também não é
amor. Amor é algo transcendental, é algo que é primitivo e tão evoluído ao
mesmo tempo. Que não me atrevo a descrevê-lo, no máximo senti-lo.
Amor, ah amor, quero vidas inteiras para amar. Quero paixões
para treinar e somente um para concluir. Quero chorar sorrindo por um amor, um
amor que não se vá e que também não seja estático.
Não quero um amor que me
completa e sim que me complementa. Me amo por completo, não sou metade para ser
amando. Quero um amor completo também para amar. São com dois copos cheios que
se faz uma festa.
Por fim, se alguém descobrir o que é o amor, não me conte. A
graça da vida está nessas descobertas diárias, onde, pisamos, retiramos e
colocamos as pedrinhas nos nossos castelos interiores.
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